Análise comparativa de métodos semiempíricos destinados ao cálculo da capacidade de carga de estacas

Autores

  • Renato Silva Nicoletti Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) https://orcid.org/0000-0002-3021-0944
  • Djalma Carlos Abritta de Olveira Centro Universitário Central Paulista (UNICEP/São Carlos) https://orcid.org/0009-0000-5911-5628
  • Vinicius Ranieri Teixeira Centro Universitário Central Paulista (UNICEP/São Carlos)

DOI:

https://doi.org/10.51923/repae.v9i3.339

Palavras-chave:

métodos semiempíricos, estaca pré-moldada, estaca hélice contínua, fundações profundas

Resumo

O dimensionamento de um sistema de fundações profundas deve o tipo de solo e sua resistência, o perfil estratigráfico do terreno, e a seleção adequada do tipo de estaca. Para a caracterização do solo, a principal forma é a sondagem standart penetration test (SPT), ensaio este que permite caracterizar, e chegar no valor resistido a penetração em cada camada. A literatura apresenta formas variadas de determinar a capacidade de carga geotécnica para o solo, dentre os quais destacam-se os métodos semiempíricos, sendo os de Aoki-Velloso (1975) e Décourt-Quaresma (1978) os mais utilizados no brasil. A partir das metodologias semiempíricas obtêm-se valores de capacidade de carga, que são compostos pelas parcelas laterais e ponta de uma estaca. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise comparativa dos métodos de Aoki-Velloso (1975) e Décourt-Quaresma (1978). Para tanto, foram utilizados 20 SPTs que apresentavam solos com características distintas. Tal comparação foi realizada para estacas hélice contínuas e pré-moldada, com diâmetro de 30 cm. Os resultados do estudo demonstraram que a formulação de Décourt-Quaresma (1978), para os dois tipos de estacas, é sensível a solos arenosos, indicando, resultados conservadores. Por sua vez, o método de Aoki-Velloso (1975) tendeu a resultar em valores majorados de capacidade de carga geotécnica para solos arenosos. Por fim, vale ressaltar que para estacas pré-moldadas, observou-se menor variação nos valores de capacidade de carga geotécnica dentre os métodos analisados.

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Biografia do Autor

Renato Silva Nicoletti, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Centro Universitário Central Paulista (UNICEP)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (PPGECiv/UFSCar). Mestre em Engenharia Civil (2019-2021), área de concentração de Estruturas e Geotecnia no PPGECiv/UFSCar. Graduado em Engenharia Civil (2018) pela UFSCar.

 

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da UNICEP/São Carlos (Centro Universitário Central Paulista).

Djalma Carlos Abritta de Olveira, Centro Universitário Central Paulista (UNICEP/São Carlos)

Graduando em Engenharia Civil (2018) pela UNICEP/São Carlos (Centro Universitário Central Paulista).

Vinicius Ranieri Teixeira, Centro Universitário Central Paulista (UNICEP/São Carlos)

Graduando em Engenharia Civil (2018) pela UNICEP/São Carlos (Centro Universitário Central Paulista).

Referências

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

Nicoletti, R. S., Olveira, D. C. A. de, & Teixeira, V. R. (2023). Análise comparativa de métodos semiempíricos destinados ao cálculo da capacidade de carga de estacas. REPAE - Revista De Ensino E Pesquisa Em Administração E Engenharia, 9(3), 51–70. https://doi.org/10.51923/repae.v9i3.339

Edição

Seção

Artigos